Eu estava sozinha. Sozinha e apagada.
Não sentia nada, nem ouvia coisa alguma...
A vida passava por mim, mas não eu por ela.
Era ela quem escolhia o caminho, o caminhar. Eu só ia e ia...
Até que tu, oh, sol, apareceu e fez tudo brilhar
E eu, que até então tinha estado no breu, reluzi
E eu que tinha deixado de sentir, me iluminei...
Ah! Sol! Como me aqueces!!!
Mas, Sol, quem é esta a teu lado?
Quem é esta que usa o vestal que me pertenceria?
Não me disseste nada sobre teus raios luminosos
e achei que só a mim eles se dirigiam...
Fui ingênua, eu sei. Fui uma criança brincando
perto demais do fogo...
Procurava me esquentar e no percurso, eu me esqueci
de que o mesmo astro que dá vida e luz
também proporciona queimaduras e dor...
Que será do meu céu sem o sol?
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