"E se eu fosse uma bailarina,
prisioneira numa nota só?"
Para sempre a mesma dor, o mesmo tom, o mesmo desconforto, o mesmo...
As ruas cheias de carro,
as bocas cheias de dentes,
tudo exatamente igual.
Não me admira, portanto, eu ser redundante.
Preferirias que eu fosse indiferente?
Oh sorte indigna, amor desalmado!
Sentir me faz menor?
Situações recorrentes geram seu palavreado duro... é assim que demonstra vosso gostar?
Fazendo o outro sangrar enquanto ris com esperança por um amor que nem vos pertence?
Se pertencer, será mérito seu
Se não, culpa dos meus arroubos...justiça falha a vossa!
Justiça falha e cruel!
Revendo meus conceitos, revejo meus sonhos.
Quão inocentes eles eram!
Quão lindos!
Eram!!!!
Como dissestes, tenho uma carência, uma dependência de vosso amor.
- Mas como? - me perguntas - Não vê que ele não há, nunca houve?
Meu amor transmutou-se em carência, porque carência é mais fácil de entender.
E vós, querido, não compreendes o amor... mas a carência!
Passaria a noite em prantos por falta de compania?
Será que teria dificuldade em achá-la?
Prometo-vos por vossa solene indiferença
não mais pensar em vós, vil amor,
mas juro-vos que pensarás em mim todos os dias de sua vida.
Sou menos por sentir?
21/05/2010
Sinto seu coração pulsar ao ler essas palavras. Consigo ver seus olhos lacrimejantes. Sou obrigado a me calar pensativo quanto ao que posso comentar. Não há comentários que definam a emoção que esse texto carrega. Parabéns!
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